quinta-feira, 19 de maio de 2011

Manuel Bandeira – Ana Catarina - nº 03 -7º ano G


Caricatura de Manuel Bandeira
Características pessoais: O nome completo de Manuel Bandeira é Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho. Ele nasceu em Recife, no dia 19 de abril de 1886. Morreu com 82 anos de parada cardíaca, em 1968.
Pai: Manuel Carneiro de Souza Bandeira, pai de Manuel Bandeira, era  um engenheiro civil do Ministério da Viação.
Mãe: A mãe de Manuel Bandeira se chamava Francelina Ribeiro de Souza Bandeira.
Fatos ocorridos na vida de Manuel Bandeira: Manuel Bandeira mudou-se várias vezes de cidade, tendo passado por Santos, Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio, Manuel estudou no Colégio Pedro II e em São Paulo iniciou o curso de arquitetura na escola Politécnica. Ele também estuva a noite desenho e pintura Em 1904, Manuel descobriu que estava com tuberculose e voltou ao Rio, à procura de um clima melhor para sua saúde. Em 1910, Manuel entrou em um concurso de poesia da Academia de Letras. Juntou suas economias e foi para a Suiça, a fim de se tartar no Sanatório de Clavadel. Mas com a Primeira Guerra Mundial, voltou ao Brasil. Em 4 anos, entre 1916 e 1920, Manuel perdeu a mãe, o pai e a irmã.
 Alguns livros e poemas:
1917 – “A Cinza das Horas”
1919 – “Carnaval”
1924 – “ O Ritmo Dissoluto”
1930 – “Libertinagem”
-      Com o livro “Carnaval”, Manuel ja se mostrava um precursor do modernismo e Mário de Andrade chamou-o de “São João Batista do modernismo brasileiro”. Mesmo assim, ele não participou da Semana da Arte Moderna.

Manuel Bandeira

























Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
"Carnaval" - 1919
http://www.uol.com.br/?lang=pt&component=37&item=30




Nenhum comentário:

Postar um comentário