terça-feira, 6 de setembro de 2011

Zé Limeira - Beatriz, 7G, n° 06

Zé Limeira  nasceu em 1886 e morreu em 1954. Ele foi o cordelista /repentista mais mitológico do Brasil. Era conhecido como Poeta do Absurdo. Nasceu no sitio Tauá, em Teixeira, cidade da Paraíba.
Os temas de suas poesias e repentes eram variados e chegavam, muitas vezes, ao delírio. Pornografia era um tema recorrente, mas Zé Limeira ficou conhecido como "Poeta do Absurdo" por suas distorções históricas, poesias recheadas de surrealismo e “nonsense”.
Aqui um de seus cordéis:
Eu me chamo Zé Limeira
De Lima, limão, limança
A estrada de São Bento
Bezerro de vaca mansa
Valha-me Nossa Senhora
Tão bombardeando a França!
Vestia-se de forma berrante, com enormes óculos escuros e anéis em todos os dedos, e saía pelos caminhos de sua vida, cantando e versando.

domingo, 4 de setembro de 2011

Cordel- Teatro

Nessa linda noite de luar
Vamos comemorar
Nosso 11 filho
12 anos vai completar ( mãe)

Mas tenho motivo para me preocupar
Pois essa festa
meu inimigo pode sabotar ( mago do bem)

Mas não se preocupe
Nada acontecerá
Nesse dia tão especial
Tudo bem ficará ( mae)

Isso é o que eles acham
O mal sempre está por perto
Como ter certeza
Se o mundo é tão incerto( mago do mal)

Quero fazer vingança
Estou na liderança
E do meu inimigo
Enfeiticei a ultima criança( mago do mal)

A festa já começou
O convidados todos chegaram
A lua iluminou e todos aproveitaram( mago do bem)

Não agüento mais ficar preso
Sem ver a lua cheia
Preciso ir La fora
Para relaxar minha veia ( lobsomen)

O pior estar por vir
E ninguém desconfia
Quando alguém decobrir
Vao parar de rir

à meia noite,
uma grande revelação:
um simples convidado
se transforma em aberração!

Não sei o que vi
Uma transformação radical aconteceu
Um pelo nasceu
E tudo ocorreu

Meu filho querido
O que aconteceu
De uma hora pra outra
Você desapareceu (mãe)


Oh filho
Meia noite já deu
Olha a linda lua
Que logo apareceu

Não, agora não,
Oh querido pai
Hoje estou com um problemão

Jose correu corReu
E atrás de uma arvore se escondeu
Ao olhar para a lua
Sua transformação ocorreu

O mago do mal, feliz que so
Olhava ao seu redor
E percebia o todo pó

Minha vingança terminou
 Porem À vida a pobre garoto acabou
Transformei-o em um ser abominável
Que todos têm um pavor incontrolado

Pai diz a mãe:
Mulher preocupado eu to
Não sei direito onde meu filho se enfiou

Como eu vou saber
Não o vi antes de desaparecer
Vamos esperar um pouco
Antes de ficararmos loucos

Já sei o que aconteceu
 o mago do mal de meteu

APARECE O MAGO DO MAL.
Escutei alguém me chamar
Quem vai ousar
Já acabei com seu filho
Com quem mais vou acabar

Onde está meu filho
O que lhe aconteceu
Que mal lhe mal lhe ocorreu

APARECE O LOBSOMEN
Oh pai oh mãe,
Mal algum recebi
Só acho que vou ter agüentar
Esse bicho virar.

Xilogravura de cordel - Giulia n.o 14

Este é o Lobsomen da história se escondendo atrás da arvoré!

Ana Catarina Caetano Visconti - nº 03 - 7G

    Imagem representando mago do mal em uma noite de lua cheia. Para ilustrar a história de Cordel.